DEUS É FIEL.

OBRIGADO PELA SUA VISITA, VOLTE SEMPRE

quinta-feira, 19 de julho de 2012

RESUMO DA LIÇAO 04. SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL



Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO 04 – SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL
INTRODUÇÃO
Nesta lição, definiremos o termo violência e abordaremos sobre a sua origem e multiplicação com o passar dos anos.
Pontuaremos ainda alguns tipos de violência que existem e são praticadas atualmente. Veremos que um cristão fiel não está
livre de sofrer atos de violência como roubo, assassinato entre outros, porque enquanto estivermos no mundo sofreremos
aflições e também porque Deus é Soberano e pode permitir que estes males sobrevenham a qualquer pessoa. Por fim,
destacaremos o papel da igreja como lugar de cura, libertação e amor, socorrendo as pessoas vitimadas por traumas decorrentes
da violência social, bem como na ressocialização daqueles que foram autores da agressão.
I – DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA
O dicionário Aurélio define o termo violência como: “constrangimento físico ou moral; uso da força ou coação”. Nas
páginas do Antigo Testamento o termo “violência” do hebraico “hãmãs” quer dizer: “maldade, malignidade, agravo”. Podendo
ser traduzida também como uma “maldade violenta”. É este o sentido que aparece em (Gn 6.11): “A terra, porém, estava
corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência”.
II – ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Deus criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro, constituindo-o em família (Gn
1.28), porém a desobediência de Adão e Eva trouxe o pecado para a raça humana (Gn 3.16-19), desestabilizando todo tipo de
relacionamento (Rm 5.12). Com certeza, o casal não imaginava que sua desobediência traria tantos males ao mundo, no
entanto, percebemos como a natureza pecaminosa se desenvolveu em seus descendentes (Rm 3.23; 6.23). Vejamos alguns
exemplos de violência registrados pela Bíblia:
· Caim, movido pela inveja, mata Abel seu irmão: “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles
no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel, e o matou” (Gn 4.8).
· Lameque gloria-se por ter cometido um duplo homícidio: “E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi a
minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um
jovem por me pisar” (Gn 4.23).
· Na geração antediluviana o mal começou a multiplicar-se sobre a terra de tal forma que, o escritor do livro do Gênesis
nos mostra um panorama de um mundo sem Deus, da seguinte forma: “A terra, porém, estava corrompida diante da
face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne
havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn 6.11,12).
· O apóstolo Paulo nos dá uma dimensão de como estava o mundo corrrompido de sua época: “Estando cheios de toda
a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e às mães; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem
misericórdia” (Rm 1.29-31)
III – TIPOS DE VIOLÊNCIA
3.1 Violência física. Este tipo de violência diz respeito ao uso da força com o objetivo de ferir. Vivemos numa sociedade tão
corrompida pelo pecado quanto no período antediluviano, pois são inúmeros os casos de violência mostrados diariamente na
mídia televisiva, escrita, rádio e internet. Maus tratos com mendigos nas ruas e com idosos, brigas dentro de estádios. Os jovens
principalmente, têm sido incentivados por filmes e esportes que exaltam a violência, provocando neles o desejo de vingança
quando contraditados ou por nenhum motivo.
3.1.1 Violência sexual. Este tipo de agressão tem sido muito praticada. As pessoas encontram-se estarrecidas diante de tantos
estupros e casos de pedofilia que geram muitos traumas, conduzindo as vítimas ao suicídio, depressão, problemas psicológicos
etc. Essas práticas pecaminosas se tornaram tão corriqueiras, que têm deixado as pessoas assombradas, com medo de saírem de
casa. Alguns personagens bíblicos sofreram estes males: (Gn 34.2; II Sm 13.13,14).
3.2 Violência psicológica. Este tipo de agressão ataca o ser humano na sua auto-estima. A violência psicológica ou agressão
emocional, é tão ou mais prejudicial que a física, e é caracterizada pela rejeição, depreciação, discriminação, humilhação e
desrespeito. Atualmente muitas crianças e jovens sofrem bullyng nas escolas. O dicionário Houaiss da Língua Portuguesa
indica a palavra “bulir” como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer
caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Este tipo de agressão atinge a alma (a sede das emoções) do homem, gerando
traumas psicológicos, fazendo com que alguns não queiram mais ir a escola, contraindo complexo de inferioridade entre outros
males. O patriarca Jó sofreu violência psicológica, por parte daqueles que vieram “consolá-lo”, quando na verdade acusaram o
patriarca de pecado (Jó 2.11-13; 16.2).
IV – O CRENTE NÃO ESTÁ IMUNE A VIOLÊNCIA
Os adeptos da Teologia da Prosperidade afirmam que Deus têm que livrar o seu servo da aflição, no entanto, a Bíblia
não ensina assim. Lembremo-nos dos cristãos primitivos que enfrentaram os piores tipos de sofrimentos e morte por causa da fé
que professavam (At 6.8-15; 7.54-60; 8.1-4; 12.1-5; 14.4-28; Hb 11). E que ainda hoje muitos se deparam com situações de
extrema perseguição e constrangimento em países intolerantes. O cristão não é adepto da Teologia Prosperidade (que diz que o
crente não passa por aflição), mas da Teologia da Possibilidade, que ensina que Deus pode livrar se Ele quiser. Foi isso que
confessaram os judeus ameacados a serem lançados na fornalha por não se curvarem diante da estátua erigida por
Nabucodonosor: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo
ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de
ouro que levantaste” (Dn 3.17).
4.1 A vontade permissiva. Refere-se àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer, embora Ele não deseje especificamente que
ocorra. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária a perfeita vontade de Deus, como por exemplo: o pecado, a
conscupiscência, a violência, o ódio e a dureza de coração. Portanto, muitas aflições e males que nos acometem são permitidos
por Deus (I Pe 3.17; 4.19). Portanto, os cristãos não estão livres de enfrentar esses tipos de violência acima citados. Pois
enquanto estivermos no mundo estamos sujeitos a qualquer coisa (Ec 9.2). Isto significa dizer que apesar de crermos que Deus
pode livrar-nos de aflições, nem sempre Ele o faz. Isto está dentro da vontade permissiva de Deus.
V– O PAPEL DA IGREJA DIANTE DO MUNDO VIOLENTO
Como sabemos, a Igreja de Cristo promove campanhas em socorro às vítimas de catástrofes, faz um serviço de
utilidade pública ao desenvolver projetos que visam ressocializar indivíduos imersos nas drogas, delinquência, etc. através da
ministração da Palavra e utilização de recursos afins visando a transformação social. Sem dúvida alguma, a Igreja é a luz que
irradia e promove transformação nas relações humanas (Mt 5.16; 1Pe 2.9,10). Ela busca realizar a intervenção no espaço
público, transformando a sociedade por meio da: oração ( At. 4.23-31; 1 Tm 2.1-5); e da evangelização (Mt 28.19,20; Mc
16.15-20), onde vidas são transformadas pelo poder do Evangelho, libertando os cativos oprimidos do diabo que antes estavam
no mundo da delinquência, vícios e idolatria (Ef. 2.1-3; 4.17-31; 1 Ts 1.6-10). Vejamos como a igreja atua diante de um mundo
violento:
5.1 Como lugar de cura. Apesar de uma pessoa que tem traumas decorrentes de uma violência sofrida, procurar
prioritariamente um auxílio psicológico, não podemos deixar de dizer que a Igreja é um lugar onde os traumas podem ser
curados. A vítima encontra na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo, condições de vencer e superar toda e qualquer
consequência do mal que sofreu. A exemplo disto, temos vários exemplos de pessoas que foram restabelecidas para glória de
Deus (Sl 103.3; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15).
5.2 Como lugar de libertação. Definitivamente as cadeias públicas não conseguem regenerar uma pessoa delinquente, apesar
de ser o propósito principal pelo qual foram criadas. No entanto, na Igreja encontramos a maior agência de ressocialização para
indivíduos infratores. A pregação do evangelho tem contribuído para a libertação de vidas, resgatando-as de sua vil maneira de
viver e regenerando-as, fazendo com que homens violentos se tornem pessoas de bem e pacificadores (Mc 5.1-20).
5.3 Como lugar do amor. O que as pessoas não encontram no mundo cheio de violência, encontram na Igreja, pois, o amor de
Deus está derramado no coração daqueles que a compõem (Rm 5.5). A convivência com os santos proporciona bem estar físico,
emocional e espiritual para todos aqueles que se tornam participantes de sua comunhão. Envolvidos nesta atmosfera somos
impelidos a amarmo-nos uns aos outros, fazendo pelo próximo o bem que desejamos receber (Rm 12.10; I Ts 4.9).
CONCLUSÃO
Como pudemos ver, não temos como evitar sermos vítimas desta violência que há ho mundo. Enquanto estivermos nele
estaremos sujeitos a todo tipo e forma de sofrimento. No entanto, devemos confiar em Deus que pode nos livrar, mas se Ele não
quiser, continuará sendo Deus e nós permaneceremos seus servos. Neste mundo sofreremos aflições porém, aguardamos a
restauração de todas as coisas e um lugar onde a maldade não habitará (II Pe 3.13)
REFERÊNCIAS
· STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
· VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
· ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.

ESTATÍSTICA SOBRE VIOLÊNCIA SOCIAL NO BRASIL



Taxa de homicídios para jovens entre 15 e 24 no Brasil:
(FONTE: Mapa da Violência IV)

1980: 30 por 100 mil habitantes
1990: 32,5 por 100 mil habitantes
2000: 52 por 100 mil habitantes

De 1993 a 2002, o número de jovens entre 15 e 24 anos assassinados no Brasil cresceu 88,6%. Na população geral, o crescimento foi de 62,3%, índice mais de quatro vezes maior que o aumento da população no mesmo período.

A taxa de homicídios de afro-descendentes é de 68,4 mortos por 100 mil habitantes, 74% maior do que a média de brancos da mesma idade, de 39,3.

Só três países registram mais homicídios que o Brasil (em relação à população total): Colômbia, El Salvador e Rússia. 

Número de crianças e jovens vítimas de arma de fogo no Brasil:
(FONTE: IBGE 2004)

1991: 5.227
2000: 12.233

Comparação entre número de crianças e jovens vítimas de armas de fogo no Rio de Janeiro e no confronto entre Israel e Palestina: 
(FONTE: Centro Israelense de Informação sobre Direitos Humanos nos Territórios Ocupados e Instituto Superior dos Estudos da Religião – Iser. Pesquisa feita entre dezembro de 1987 e novembro de 2001)

Rio: 3.937 
Israel e Palestina: 467

Percentual de vítimas de homicídios por armas de fogo por faixa etária em 2001:
(FONTE: Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro)

Entre 15 e 19 anos: 19,97%
Entre 20 e 24 anos: 26,64%
Entre 25 e 29 anos: 18,61%
Entre 40 e 49 anos: 9,35%
Entre 50 e 59 anos: 3,50%
Acima de 60 anos: 2,06%

Percentual de jovens envolvidos no tráfico de drogas cujos pais foram mortos por traficantes:
(FONTE: Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social – IBISS. Pesquisa feita com 5.442 adolescentes que trabalham com o tráfico de drogas em 232 favelas do Rio)

- 1 em cada 14 crianças ou adolescentes teve os pais mortos pelo tráfico
- 1 em cada 8 meninos de 10 anos que vivem em bocas-de-fumo teve os pais executados por traficantes

Percentual de mortes violentas entre homens em 2003:
(FONTE: IBGE 2004)

Distrito Federal: 24,5%
Rio de Janeiro: 17,2%
São Paulo: 18,8%
Média no Brasil: 15,7%
Média na Inglaterra: 5%

OBS: O total de mortes não-registradas no Brasil neste ano foi de 18,5%.

Percentual de jovens no total de pessoas condenadas por crimes no Rio de Janeiro:
(FONTE: Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Pesquisa realizada entre 1º de janeiro de2003 a 31 de junho de 2004).

Jovens entre 18 e 24 anos: 53% dos 14.429 processos.

Número de mortes por armas de fogo no Brasil entre 1979 e 2003:
(FONTE: Mortes matadas por armas de fogo no Brasil: 1979 – 2003. Unesco)

Neste período, morreram no Brasil mais 550 mil pessoas vítimas de arma de fogo.

Deste total, 205.722 tinham entre 15 e 24 anos.

Em 1979: 2.208 jovens foram mortos com armas de fogo

Em 2003: 16.345 jovens foram mortos com armas de fogo

OBS: O Brasil é o 3° país onde mais jovens morrem por armas de fogo, atrás de Venezuela e Porto Rico (57 países foram analisados na pesquisa).

As principais causas de morte na população total são as doenças do coração, as cerebrovasculares e, em 3º lugar, as provocadas por armas de fogo. Entre os jovens, contudo, as armas de fogo ocupam o primeiro lugar.

Taxa de mortalidade por arma de fogo do sexo masculino, segundo faixa etária, por 100 mil habitantes:
(FONTE: Datasus)

71, 2 (homens de 15 a 19 anos)
103,1 (homens de 20 a 29 anos)
57,7 (homens de 30 a 39 anos)
34,6 (homens de 40 a 49 anos)

Porcentagem de vítimas de arma de fogo no número total de adolescentes entre 15 e 19 anos:
(FONTE: Datasus)

2002: 39,1% dos adolescentes que morreram no Brasil foram vítimas de arma de fogo

Número de armas de fogo em circulação no Brasil:
(FONTE: Viva Rio, Small Arms Survey, 2005)

17 milhões de armas estimadas

Deste total:
49% são legais
28% são ilegais de uso informal
23% são ilegais de uso criminal

Evolução de homicídios no Estado de São Paulo:
(Fonte: Mapa da Violência de São Paulo, Unesco 2005)

Homicídios na população total:
1993: 9.219
1999: 15.810
2003: 13.903

Homicídios entre a população jovem:
1993: 3.484
1999: 6.133
2003: 5.707

Apesar de os jovens (entre 15 e 24 anos) representarem 19,4% dos 38,7 milhões de moradores de São Paulo em 2003, eles estiveram relacionados a 41% dos casos de homicídios ocorridos no ano.

Evolução da participação das armas de fogo em homicídios na Grande São Paulo (inclusive capital):
(Fonte: Ministério da Saúde e Unesco)

1998: 45,0%
1999: 50,8%
2000: 62,0%
2001: 67,5%
2002: 65,0%
2003: 68,8%

Taxa de vítimas de homicídios por regiões metropolitanas (por cem mil habitantes):
(Fonte: IPEA, 2005)
Vitória = 78,2
Recife = 76,7
Rio de Janeiro = 62,6
Maceió = 56,9
São Paulo = 51,7
Belo Horizonte = 51,6
Brasília = 39,1

Taxa de jovens no total de pessoas sem emprego no Brasil:
(FONTE: PNAD/ IBGE)

2001: 47% (3,7 milhões de pessoas)

Perfil do jovem agressor em crimes no Brasil:
(FONTE: “Balas Perdidas” – Publicação especial da Agência de Notícias dos Diretos da Infância com base em notícias publicadas na mídia entre o segundo semestre de 2000 e o primeiro semestre de 2001)

Sexo masculino: 85%
Sexo feminino: 15%

Idade:
Entre 7-11 anos: 0,4%
Entre 12-15 anos: 7,2%
Entre 16-17 anos: 19,4%
Entre 18-20 anos: 10,5%
Entre 21-25 anos: 10%
Mais de 26 anos: 13,9%
Idade não-identificada: 38,6%

Perfil das vítimas de crimes no Brasil:
(FONTE: “Balas Perdidas”)

Idade:
Entre 0-6 anos: 17,1%
Entre 7-11 anos: 10,4%
Entre 12-15 anos: 12,3%
Entre 16-17 anos: 12,6%
Entre 18-20 anos: 4,4%
Entre 21-25 anos: 6,4%
Mais de 26 anos: 19,1%
Idade não-identificada: 17,6%

Porcentagem de crianças de 0-6 anos entre as vítimas de:
(FONTE: “Balas Perdidas”)

Balas Perdidas: 30%
Estupro: 25%
Rapto: 23%
Abuso sexual: 20%
Espancamento: 18,2%
Chacina: 17,9%
Tortura: 14,3%

Porcentagem de adolescentes entre os acusados de:
(FONTE: “Balas Perdidas”)

Homicídios: 30%
Roubos: 10,1%
Estupros: 3,2%

Número de vítimas da violência no Rio de Janeiro no total de mortes em 2003:(FONTE: Jornal O Globo. Pesquisa feita com base em atestado de óbito de pessoas sepultadas nos cemitérios da cidade em 2003).

Dos 49.647 óbitos: 3.415 foram por morte violenta, sendo 3.224 homens e 1.068 jovens entre 18 e 24 anos.

Das 2.597 pessoas assassinadas no Rio em 2003: 62,6% levaram tiros na cabeça.

Porcentagem do número de estabelecimentos destinados à detenção de jovens envolvidos em crimes que não atendem aos requisitos mínimos da Organização das Nações Unidas (FONTE: Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA 2002. Pesquisa feita em 190 instituições brasileiras)

Centros de detenção sem condições mínimas de instalações físicas, atendimento médico, jurídico e educacional: 71%

Unidades que oferecem o ensino fundamental: 63%

Unidades que tem cursos profissionalizantes: 85%

Grau de educação e perfil dos adolescentes internados no Brasil: 
(FONTE: IPEA 2002)

Dos dez mil adolescentes pesquisados: 76% tinham entre 16 e 18 anos, 18% entre 12 e 15 anos e apenas 6% entre 19 e 20 anos. Entre eles, 89,6% não concluíram o ensino fundamental, 6% eram analfabetos e apenas 7,6% iniciaram o ensino médio.


Lugares Mais Violentos do Brasil
Rodrigo Piva | 18 de dezembro de 2011               | Comentários (124)
O Mapa da Violência foi atualizado pelo Instituto Sangari. O estudo traz um número assustador: 49.932 pessoas foram assassinadas no Brasil apenas em 2010. Em 30 anos foram mais de 1 milhão de pessoas mortas, o que representa um aumento de 259% (nessas últimas três décadas). Números de guerra. Confira, de acordo com o relatório, quais os lugares mais violentos do Brasil.



lugares mais violentos do Brasil 2011

Número de pessoas assassinadas em 2010:

Região Norte: 5.927 mortes

Acre: 144
Amapá: 259
Amazonas: 1.067
Pará: 3.482
Rondônia: 541
Roraima: 123
Tocantins: 311
Região Nordeste: 18.073 mortes

Alagoas: 2.084
Bahia: 5.288
Ceará: 2.514
Maranhão: 1.478
Paraíba: 1.454
Pernambuco: 3.412
Piauí: 427
Rio Grande do Norte: 727
Sergipe: 689
Região Sudeste: 15.237 mortes

Espírito Santo: 1.761
Minas Gerais: 3.538
Rio de Janeiro: 4.193
São Paulo: 5.745
Região Sul: 6.454 mortes

Paraná: 3.588
Rio Grande do Sul: 2.061
Santa Catarina: 805
Região Centro-Oeste: 4.241 mortes

Distrito Federal: 880
Goiás: 1.766
Mato Grosso: 963
Mato Grosso do Sul: 632
Taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes em 2010:

Região Norte

Acre: 19,6
Amapá: 38,7
Amazonas: 30,6
Pará: 45,9
Rondônia: 34,6
Roraima: 27,3
Tocantins: 22,5
Região Nordeste

Alagoas: 66,8
Bahia: 37,7
Ceará: 29,7
Maranhão: 22,5
Paraíba: 38,6
Pernambuco: 38,8
Piauí: 13,7
Rio Grande do Norte: 22,9
Sergipe: 33,3
Região Sudeste

Espírito Santo: 50,1
Minas Gerais: 18,1
Rio de Janeiro: 26,2
São Paulo: 13,9
Região Sul

Paraná: 34,4
Rio Grande do Sul: 19,3
Santa Catarina: 12,9
Região Centro-Oeste

Distrito Federal: 34,2
Goiás: 29,4
Mato Grosso: 31,7
Mato Grosso do Sul: 25,8
Nordeste lidera abuso sexual infantil no País
Campeão dos índices sociais negativos do Brasil, o Nordeste brasileiro também lidera as estatísticas da exploração sexual comercial de crianças e adolescentes. Um levantamento divulgado esta semana pela organização não-governamental (ONG) sueca Save the Children revela que nos nove Estados da Região é possível encontrar cidades onde crianças são vistas nas ruas, oferecendo seus corpos em troca de dinheiro, aliciadas por adultos que coordenam redes de prostituição infantil.
Em todo o País são 930 municípios com casos de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes comprovados. No Nordeste, a pesquisa aponta para a existência de 292 cidades nordestinas convivendo com o problema. Pernambuco é o Estado campeão na estatística, com 70 municípios onde a exploração sexual de crianças e adolescentes para fins comerciais foi comprovada. Região de grande potencial turístico, em todas as capitais nordestinas o problema foi constatado.
A Bahia aparece em segundo lugar, com 52 cidades; seguida do Ceará e da Maranhão, com 41 municípios atingidos pelo problema em cada. Na Paraíba são 27 cidades; no Rio Grande do Norte, 22; no Piauí, 20; em Alagoas, 19. Sergipe é o único Estado em que o número de municípios onde foi verificada a exploração sexual infantil é inferior a dez: seis cidades no Estado enfrentam o problema.
As razões para as diversas formas de exploração sexual infantil ¿ prostituição, turismo sexual, tráfico para fins de exploração sexual e pornografia infantil - estarem instaladas no Nordeste são basicamente econômicas. Com quase um terço da população brasileira, o Nordeste não concentra mais que 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na Região estão os piores índices educacionais, sanitários, empregatícios e de mortalidade infantil do País. Sem acesso a saúde, educação e outros direitos básicos, crianças e adolescentes acabam ¿empurrados¿ para a prostituição para sobreviver.
A pesquisa alerta, no entanto, que o lado financeiro da questão não é o único a ser levado em conta na decisão das adolescentes encontradas em situação de exploração sexual. ¿Há casos em que os problemas intra-familiares são também determinantes¿, admite o relatório da ONG. Vítimas de abuso sexual por familiares, adolescentes de toda a Região geralmente ainda não se transformaram em ¿profissionais do sexo¿ ao se depararem com aliciadores ou traficantes internacionais de pessoas.
Uma vez aliciadas, as meninas ¿ meninos também são vítimas da exploração sexual ¿ acabam divididas entre as que permanecem no Brasil e as que são enviadas para outros países. Segundo a Save the Children, 42 cidades do Nordeste são rotas de tráfico para exploração sexual exterior. Apenas Sergipe e Piauí não aparecem na lista de Estados com municípios na rota do tráfico do sexo. Nos demais, a rota passa pelas capitais, mas está em outras cidades de menor porte como Ouricuri e Cabo de Santo Agostinho (PE), Alto Alegre do Maranhão e Timon (MA) e Paracuru (CE).
Os principais destinos são a Europa ¿ Espanha, Portugal, Holanda, Itália, Alemanha e Suíça são os principais destinos no Velho Continente; Estados Unidos e países fronteiriços (Paraguai, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Venezuela, Colômbia, Suriname e para as Guianas).
As vítimas do tráfico sexual são divididas em dois grupos pelo levantamento da ONG sueca: em primeiro estão as mulheres ¿ entre 22 e 27 anos que sabem exatamente no que implica o embarque para o exterior e decidem assumir os riscos do tráfico em busca de riqueza. No outro grupo estão as adolescentes, entre 15 e 17 anos, muitas vezes de origem humilde em cidades interioranas e ambientes rurais, que acabam iludidas com promessas de trabalho e vida glamourosa no exterior.
A sentença para os dois casos é quase sempre a mesma: ¿o sonho de construir uma vida tranqüila dissipa-se no cotidiano difícil imposto às traficadas. Muitas se entregam ao uso de drogas e acabam deportadas ou morrem sob causas suspeitas¿, diz o relatório. Para aquelas que ficam no Brasil, a exploração sexual é sustentada pela rede do turismo. A pesquisa revela que a prática é disseminada em pontos turísticos à luz do dia. As vítimas do turismo sexual são mais jovens: geralmente começam com 12 anos.
Ciente do desafio a ser enfrentado ¿ apesar da pesquisa não apresentar um número oficial de vítimas da exploração sexual ¿ o governo Federal iniciou uma série de ações para combater o flagelo. Dados do levantamento apontam para programas integrados de combate à pobreza, desnutrição, capacitação profissional, prevenção ao uso de drogas em 11 ministérios, o que pode ter efeitos a longo prazo na melhoria de vida das crianças e adolescentes. Especificamente para o Programa de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, há R$ 133,92 milhões no Plano Plurianual 2004-2007. No entanto, por enquanto o dinheiro para esta área ainda é liberado de forma lenta pelo Executivo. Dos R$ 36,5 milhões previstos para o ano passado, apenas R$ 15,1 milhões foram executados.
Outras ações, no campo legal, foram postas em marcha pelo Congresso Nacional após a CPI Mista da Exploração Sexual Infantil. O Senado já aprovou três projetos de lei que endurecem a legislação e buscam acabar com a impunidade para os crimes contra a sexualidade infantil. Fruto da investigação parlamentar, o primeiro projeto, além de reconhecer que homens também são vítimas de estupro, torna imprescritível os crimes de tráfico interno ou internacional de pessoas para fins de exploração sexual quando a vítima tiver menos de 18 anos, além de considerar a prática como crime hediondo.
O segundo projeto torna crime a prática de fotografar e/ou filmar crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou pornográfica. A terceira lei já aprovada pelos senadores abre a possibilidade de fechamento definitivo de estabelecimento comercial que insistir em hospedar crianças e adolescentes desacompanhado dos pais ou responsáveis, sem autorização por escrita de um juiz.
Todas estas sugestões de leis precisam agora ser aprovadas pela Câmara dos Deputados, que enfrenta um processo de paralisia desde 31 de março decorrente da crise interna na base aliada do Governo e do trancamento da pauta por Medidas Provisórias com prazo de tramitação vencido. Todas devem passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário para serem convertidas em lei.
Além destas, há outras cerca de 300 sugestões tramitando na Câmara sobre o tema. Algumas estão em análise da comissão especial criada após a CPI Mista da Exploração Sexual de Crianças e podem ser analisadas direto em plenário. Falta apenas resolver a paralisia do Congresso e desobstruir a pauta, já que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP/PE), prometeu priorizar as matérias relativas ao tema num encontro com 70 adolescentes em Brasília, na semana passada.
O relatório da ONG sueca considera positivas todas as propostas de lei em tramitação, bem como as iniciativas públicas e privadas para combater os crimes sexuais contra crianças, mas faz um alerta a todos os brasileiros. Segundo a Save the Children, o advento de todo este conjunto de ações não será suficiente se a sociedade brasileira ¿ e mesmo mundial ¿ não se preocupar em mudar também o projeto de sexualidade proposto.
¿É preciso também pensar novas formas para desconstruir o comportamento apelativo do mercado, realizado através do marketing sexual e da própria mídia. O grande desafio é construir um conhecimento sobre sexualidade capaz de gerar novas concepções que transforme as relações de violência sexual em relações capazes de satisfazer as necessidades de desejo e prazer sem que seja pela racionalização da violência e do mercado¿.
Violência Física - Estatísticas

Postado por: Eliane - CDI-PR
Fonte: CECOVI
DADOS ESTATÍSTICOS X PONTA DO ICEBERG- De hora em hora morre uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais. Fonte: Unicef- 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Ou seja, por ano são 6,6 milhões de crianças agredidas, dando uma média:a)18 mil crianças vitimizadas por dia, b)750 crianças vitimizadas por hora c)12 crianças agredidas por minuto. Fonte: Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e Negligência na Infância.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
1. AGRESSORES MAIS COMUNS
Os agressores mais comuns são os pais biológicos, adotivos e madrasta/padrasto. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000), as estatísticas internacionais apontam que 70% das agressões são provenientes dos pais biológicos. O cônjuge que agride mais os filhos é a mãe. Já o pai, por conta de ter maior força física, é o que causa lesões mais graves nos filhos quando os pune corporalmente.

2. NATUREZA REPETITIVA DO FENÔMENO
Segundo KEMPE e HELFER (1977) esse fenômeno tem natureza repetitiva e sem uma intervenção que trate o agressor, a possibilidade de continuidade de maus-tratos e até de morte da vítima é de 25 a 50%. AZEVEDO e GUERRA (2000) falam que autores, em trabalhos mais recentes, estimam a reincidência desses casos em 50 a 60% quando não são instauradas as medidas de proteção necessárias.

3. SÍNDROME DO BODE EXPIATÓRIO
Chamamos de síndrome do bode expiatório o fato da maioria dos agressores de violência física elegerem um determinado filho como alvo principal para receberem seus maus-tratos, que geralmente é o primogênito.

4. EVOLUÇÃO GRADUAL DA VIOLÊNCIA
A criança que chega a óbito ou é vítima de uma lesão muito grave decorrente de práticas de maus-tratos dentro do ambiente doméstico, quase sem exceção, já vinha sofrendo agressões anteriores de porte mais leve, que, entretanto, foram evoluindo para uma intensidade mais severa.

5. OS AGRESSORES DE VIOLÊNCIA FÍSICA GERALMENTE SÃO PESSOAS “NORMAIS”
Segundo GELES, 1973 e KEMPE,1975, apenas 10% dos agressores físicos manifestam quadros psiquiátricos graves. Ou seja, 90% dos vitimizadores praticam violência física acreditando estarem agindo corretamente.

6. IDADE DAS VÍTIMAS
Vítimas de abuso sexual = predominância sexo feminino.Vítimas de violência física = vítimas ambos os sexos. Segundo AZEVEDO e GUERRA, 1981, a faixa etária dos 07 aos 13 anos é a mais atingida pela violência física, sendo que a idade média para vítimas do sexo feminino é de 10 anos e do sexo masculino 8 anos.

PRINCIPAIS CAUSAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
Fatos geradores de violência física doméstica
a) A crença dos pais de que a punição corporal dos filhos é um método educativo e uma forma de demonstrar amor, selo e cuidado.
b)Ver a criança e o adolescente como um objeto de sua propriedade e não como um sujeito de direitos.
c)A baixa resistência ao stress do agressor que projeta seu cansaço e problemas pessoais nos filhos e demais dependentes. Exemplos de problemas pessoais: desemprego, dívidas, desentendimento conjugal, etc.
d)O uso indevido de drogas e o abuso de álcool.
e) Pais que quando crianças foram vítimas de violência doméstica e que reproduzem nos filhos o mesmo quadro vitimizador.
f) Fanatismo religioso
g) Problemas psicológicos e psiquiátricos.

CRIANÇAS PROPENSAS A SOFREREM MAUS-TRATOS
a) Crianças provenientes de gravidez não desejada.
b) Crianças que requerem atenção e cuidado especial, como por exemplo: recém nascidas, lactantes, portadoras de doenças crônicas ou deficientes físicas.
c) Crianças pertencentes a famílias desajustadas.
d) Crianças criadas em ambientes extremamente miseráveis.
e) Crianças que não correspondem às expectativas dos pais: as expectativas geralmente se concentram nas áreas da beleza física (feio, bonito, gordo, magro), do temperamento (tímido, desinibido, calmo, hiperativo) e do sexo (masculino e feminino).
f) Crianças cujo vínculo com os pais foi interrompido, devido a parto prematuro ou hospitalizações prolongadas.
g) Crianças provenientes de casamentos anteriores.
h) Crianças hiperativas.
i) Crianças adotadas para preencher as necessidades e carências egoístas dos pais.

GUIA PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS
1º passo: Observação do Comportamento da Criança
@ Teme exageradamente os pais.
@ Alimenta a seu próprio respeito baixa auto-estima.
@ Falta constantemente à escola, devido ao período de convalescença e processo de cicatrização dos maus-tratos sofridos.
@ Geralmente é uma criança nervosa e em constante estado de alerta.
@ Possui baixo aproveitamento escolar.
@ Busca ocultar as lesões sofridas por temer represálias por parte do agressor.
@ Pode desenvolver comportamento extremamente agressivo com outras crianças reproduzindo a violência experimentada dentro do ambiente doméstico.
@ Pode tornar-se extremamente tímida e desconfiada com relação a todos que a cercam.
@ Pode vir a tornar-se depressiva, isolada e muito triste.
@ Foge constantemente ou busca ficar o maior tempo possível longe de casa. Quase sem exceção, as crianças e adolescentes em situação de rua possuem histórico de violência doméstica.
@ Quando submetida a exame médico, manifesta indiferença, apatia ou tristeza.
@ Choro insistente e sem explicação de crianças de tenra idade à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidador.2º passo: Observação do Comportamento do Agressor
@ Não vê a criança como um sujeito de direitos, mas sim como um objeto de sua propriedade.
@ Demonstra desinteresse pelo bem estar da criança, sendo raro o comparecimento a reuniões escolares, acompanhamento de vacinas, etc.
@ Descreve a criança como preguiçosa, de má índole e causadora de problemas.
@ Defende a aplicação de disciplina severa.
@ Demonstra irritação e pouca paciência com o comportamento próprio das crianças. (Ex: Correr, falar alto, sujar a roupa, etc).
@ Possui geralmente um histórico de violência doméstica em sua própria infância.
@ Faz uso indevido de drogas e/ou abusa de álcool.
@ Mente quando indagado sobre a causa das lesões da criança, dificilmente reconhecendo sua culpa.
@ Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima de sua capacidade.
@ Atribui à criança a causa de problemas existentes no lar.
@ Pode apresentar traços de imaturidade e instabilidade emocional decorrentes da pouca idade ou por ser originário de família disfuncional.
@ Temperamento autoritário e controlador.
@ Pode apresentar distúrbios psicológicos ou psiquiátricos.3º passo: Observação do Comportamento da Família
@ Geralmente ocorre a cumplicidade silenciosa entre os cônjuges.
@ Pouca cooperação, inclusive chegando a manifestar hostilidade a abordagem de profissionais.
@ Rigidez exacerbada no que diz respeito aos valores religiosos, morais e educacionais.
@ Registro de violência doméstica contra a mulher.
IMPORTANTE: devemos basear um diagnóstico de maus-tratos levando em consideração um conjunto de características e não apenas fatos isolados.

DESMISTIFICANDO A CULTURA DO BATER COMO MÉTODO PEDAGÓGICO
a) Bater em crianças e adolescentes é uma prática cultural
b) Bater em crianças e adolescentes é um ato de violência: relação desigual de poder que se estabelece entre agressor e vítima.
c) Bater em crianças e adolescentes não os preparam para enfrentar a vida:Segundo estudos realizados por RALPH WELSH, 1988, Georgia, existe um elo entre condutas delinqüentes e punições físicas. As punições são mais decisivas em termos de condutas delinqüentes do que a situação econômica do criminoso.
d) Bater em crianças e adolescentes pode tornar-se um ato progressivo e perigoso.

POSTURAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS PELOS PAIS, A FIM DE SEREM BEM SUCEDIDOS NA APLICAÇÃO DE UMA PEDAGOGIA NÃO VIOLENTA
a) Adquirir o máximo de conhecimento sobre o desenvolvimento físico, psicológico e social de suas crianças e adolescentes.
b) Manter uma comunicação aberta e sincera com os filhos:
Posturas equivocada dos pais:
- Preferem simplesmente ordenar o que tem que ser feito e bloquear as linhas do diálogo.
- Preferem adotar a postura do pode tudo, do liberou geral.
Postura correta dos pais:
- Param e gastam tempo para escutar o que os filhos têm a dizer, levando em conta sinceramente suas opiniões e idéias.
c) Ser exemplo
d) Instituir regras bem definidas e justas
e) Coerência na administração da disciplina