Igreja
Evangélica Assembleia de Deus – Recife / PE
Superintendência
das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor
Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 –
Santo Amaro – CEP. 50040 – 000 Fone: 3084 1524
LIÇÃO
04 – SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL
INTRODUÇÃO
Nesta
lição, definiremos o termo violência e abordaremos sobre a sua origem e
multiplicação com o passar dos anos.
Pontuaremos
ainda alguns tipos de violência que existem e são praticadas atualmente.
Veremos que um cristão fiel não está
livre
de sofrer atos de violência como roubo, assassinato entre outros, porque
enquanto estivermos no mundo sofreremos
aflições
e também porque Deus é Soberano e pode permitir que estes males sobrevenham a
qualquer pessoa. Por fim,
destacaremos
o papel da igreja como lugar de cura, libertação e amor, socorrendo as pessoas
vitimadas por traumas decorrentes
da
violência social, bem como na ressocialização daqueles que foram autores da
agressão.
I – DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA
O
dicionário Aurélio define o termo violência como: “constrangimento físico ou
moral; uso da força ou coação”. Nas
páginas
do Antigo Testamento o termo “violência”
do hebraico “hãmãs” quer
dizer: “maldade, malignidade, agravo”. Podendo
ser
traduzida também como uma “maldade
violenta”. É este o sentido que aparece em (Gn
6.11): “A terra, porém, estava
corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a
terra de violência”.
II – ORIGEM E MULTIPLICAÇÃO DA VIOLÊNCIA
Deus
criou o homem um ser gregário, ou seja, tendente a se relacionar com o outro,
constituindo-o em família (Gn
1.28),
porém a desobediência de Adão e Eva trouxe o pecado para a raça humana (Gn
3.16-19), desestabilizando todo tipo de
relacionamento
(Rm 5.12). Com certeza, o casal não imaginava que sua desobediência traria
tantos males ao mundo, no
entanto,
percebemos como a natureza pecaminosa se desenvolveu em seus descendentes (Rm
3.23; 6.23). Vejamos alguns
exemplos
de violência registrados pela Bíblia:
· Caim, movido pela inveja, mata Abel seu irmão: “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu
que, estando eles
no campo, se levantou Caim contra o seu irmão
Abel, e o matou” (Gn 4.8).
· Lameque gloria-se por ter cometido um duplo homícidio: “E disse Lameque a suas mulheres Ada e Zilá: Ouvi
a
minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai as
minhas palavras; porque eu matei um homem por me ferir, e um
jovem por me pisar” (Gn 4.23).
· Na geração antediluviana o mal começou a multiplicar-se
sobre a terra de tal forma que, o escritor do livro do Gênesis
nos
mostra um panorama de um mundo sem Deus, da seguinte forma: “A terra, porém, estava corrompida diante da
face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E
viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne
havia corrompido o seu caminho sobre a terra” (Gn 6.11,12).
· O apóstolo Paulo nos dá uma dimensão de como estava o mundo
corrrompido de sua época: “Estando
cheios de toda
a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza,
maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de
Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males,
desobedientes aos pais e às mães; néscios,
infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem
misericórdia” (Rm 1.29-31)
III – TIPOS DE VIOLÊNCIA
3.1 Violência física. Este tipo de violência diz respeito ao uso da força com o
objetivo de ferir. Vivemos numa sociedade tão
corrompida
pelo pecado quanto no período antediluviano, pois são inúmeros os casos de
violência mostrados diariamente na
mídia
televisiva, escrita, rádio e internet. Maus tratos com mendigos nas ruas e com
idosos, brigas dentro de estádios. Os jovens
principalmente,
têm sido incentivados por filmes e esportes que exaltam a violência, provocando
neles o desejo de vingança
quando
contraditados ou por nenhum motivo.
3.1.1 Violência sexual. Este tipo de agressão tem sido muito praticada. As pessoas
encontram-se estarrecidas diante de tantos
estupros
e casos de pedofilia que geram muitos traumas, conduzindo as vítimas ao suicídio,
depressão, problemas psicológicos
etc.
Essas práticas pecaminosas se tornaram tão corriqueiras, que têm deixado as
pessoas assombradas, com medo de saírem de
casa.
Alguns personagens bíblicos sofreram estes males: (Gn 34.2; II Sm 13.13,14).
3.2 Violência psicológica. Este tipo de agressão ataca o ser humano na sua auto-estima.
A violência psicológica ou agressão
emocional,
é tão ou mais prejudicial que a física, e é caracterizada pela rejeição,
depreciação, discriminação, humilhação e
desrespeito.
Atualmente muitas crianças e jovens sofrem bullyng
nas escolas. O dicionário Houaiss da
Língua Portuguesa
indica
a palavra “bulir” como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou
apoquentar, produzir apreensão em, fazer
caçoada,
zombar e falar sobre, entre outros. Este tipo de agressão atinge a alma (a sede
das emoções) do homem, gerando
traumas
psicológicos, fazendo com que alguns não queiram mais ir a escola, contraindo
complexo de inferioridade entre outros
males.
O patriarca Jó sofreu violência psicológica, por parte daqueles que vieram
“consolá-lo”, quando na verdade acusaram o
patriarca
de pecado (Jó 2.11-13; 16.2).
IV – O CRENTE NÃO ESTÁ IMUNE A VIOLÊNCIA
Os
adeptos da Teologia da Prosperidade afirmam que Deus têm que livrar o seu servo
da aflição, no entanto, a Bíblia
não
ensina assim. Lembremo-nos dos cristãos primitivos que enfrentaram os piores
tipos de sofrimentos e morte por causa da fé
que
professavam (At 6.8-15; 7.54-60; 8.1-4; 12.1-5; 14.4-28; Hb 11). E que ainda
hoje muitos se deparam com situações de
extrema
perseguição e constrangimento em países intolerantes. O cristão não é adepto da
Teologia Prosperidade (que diz que o
crente
não passa por aflição), mas da Teologia da Possibilidade, que ensina que Deus pode livrar se Ele quiser. Foi isso que
confessaram
os judeus ameacados a serem lançados na fornalha por não se curvarem diante da
estátua erigida por
Nabucodonosor:
“Eis que o nosso Deus, a
quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo
ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica
sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de
ouro que levantaste” (Dn 3.17).
4.1 A vontade permissiva. Refere-se àquilo que Deus permite, ou deixa acontecer,
embora Ele não deseje especificamente que
ocorra.
De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária a perfeita vontade de
Deus, como por exemplo: o pecado, a
conscupiscência,
a violência, o ódio e a dureza de coração. Portanto, muitas aflições e males
que nos acometem são permitidos
por
Deus (I Pe 3.17; 4.19). Portanto, os cristãos não estão livres de enfrentar
esses tipos de violência acima citados. Pois
enquanto
estivermos no mundo estamos sujeitos a qualquer coisa (Ec 9.2). Isto significa
dizer que apesar de crermos que Deus
pode
livrar-nos de aflições, nem sempre Ele o faz. Isto está dentro da vontade
permissiva de Deus.
V– O PAPEL DA IGREJA DIANTE DO MUNDO VIOLENTO
Como
sabemos, a Igreja de Cristo promove campanhas em socorro às vítimas de
catástrofes, faz um serviço de
utilidade
pública ao desenvolver projetos que visam ressocializar indivíduos imersos nas
drogas, delinquência, etc. através da
ministração
da Palavra e utilização de recursos afins visando
a transformação social. Sem dúvida alguma,
a Igreja é a luz que
irradia
e promove transformação nas relações humanas (Mt 5.16; 1Pe 2.9,10). Ela busca
realizar a intervenção no espaço
público,
transformando a sociedade por meio da: oração ( At. 4.23-31; 1 Tm 2.1-5); e da
evangelização (Mt 28.19,20; Mc
16.15-20),
onde vidas são transformadas pelo poder do Evangelho, libertando os cativos
oprimidos do diabo que antes estavam
no
mundo da delinquência, vícios e idolatria (Ef. 2.1-3; 4.17-31; 1 Ts 1.6-10).
Vejamos como a igreja atua diante de um mundo
violento:
5.1 Como lugar de cura. Apesar de uma pessoa que tem traumas decorrentes de uma
violência sofrida, procurar
prioritariamente
um auxílio psicológico, não podemos deixar de dizer que a Igreja é um lugar
onde os traumas podem ser
curados.
A vítima encontra na Palavra de Deus e no poder do Espírito Santo, condições de
vencer e superar toda e qualquer
consequência
do mal que sofreu. A exemplo disto, temos vários exemplos de pessoas que foram
restabelecidas para glória de
Deus
(Sl 103.3; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15).
5.2 Como lugar de libertação. Definitivamente as cadeias públicas não conseguem regenerar
uma pessoa delinquente, apesar
de
ser o propósito principal pelo qual foram criadas. No entanto, na Igreja
encontramos a maior agência de ressocialização para
indivíduos
infratores. A pregação do evangelho tem contribuído para a libertação de vidas,
resgatando-as de sua vil maneira de
viver
e regenerando-as, fazendo com que homens violentos se tornem pessoas de bem e
pacificadores (Mc 5.1-20).
5.3 Como lugar do amor. O que as pessoas não encontram no mundo cheio de violência,
encontram na Igreja, pois, o amor de
Deus
está derramado no coração daqueles que a compõem (Rm 5.5). A convivência com os
santos proporciona bem estar físico,
emocional
e espiritual para todos aqueles que se tornam participantes de sua comunhão.
Envolvidos nesta atmosfera somos
impelidos
a amarmo-nos uns aos outros, fazendo pelo próximo o bem que desejamos receber
(Rm 12.10; I Ts 4.9).
CONCLUSÃO
Como
pudemos ver, não temos como evitar sermos vítimas desta violência que há ho
mundo. Enquanto estivermos nele
estaremos
sujeitos a todo tipo e forma de sofrimento. No entanto, devemos confiar em Deus
que pode nos livrar, mas se Ele não
quiser,
continuará sendo Deus e nós permaneceremos seus servos. Neste mundo sofreremos
aflições porém, aguardamos a
restauração
de todas as coisas e um lugar onde a maldade não habitará (II Pe 3.13)
REFERÊNCIAS
· STAMPS, Donald C. Bíblia
de Estudo Pentecostal. CPAD
· VINE, W.E et al. Dicionário Vine. CPAD
· ANDRADE,
Claudionor de. Dicionário
Teológico.
CPAD.
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quinta-feira, 19 de julho de 2012
RESUMO DA LIÇAO 04. SUPERANDO OS TRAUMAS DA VIOLÊNCIA SOCIAL
ESTATÍSTICA SOBRE VIOLÊNCIA SOCIAL NO BRASIL
Taxa de
homicídios para jovens entre 15 e 24 no Brasil:
(FONTE:
Mapa da Violência IV)
1980:
30 por 100 mil habitantes
1990:
32,5 por 100 mil habitantes
2000:
52 por 100 mil habitantes
De 1993
a 2002, o número de jovens entre 15 e 24 anos assassinados no Brasil
cresceu 88,6%. Na população geral, o crescimento foi de 62,3%, índice mais de
quatro vezes maior que o aumento da população no mesmo período.
A taxa
de homicídios de afro-descendentes é de 68,4 mortos por 100 mil
habitantes, 74% maior do que a média de brancos da mesma idade, de 39,3.
Só três
países registram mais homicídios que o Brasil (em relação à população total):
Colômbia, El Salvador e Rússia.
Número
de crianças e jovens vítimas de arma de fogo no Brasil:
(FONTE:
IBGE 2004)
1991:
5.227
2000:
12.233
Comparação entre número de crianças e jovens
vítimas de armas de fogo no Rio de Janeiro e no confronto entre Israel e
Palestina:
(FONTE:
Centro Israelense de Informação sobre Direitos Humanos nos Territórios
Ocupados e Instituto Superior dos Estudos da Religião – Iser. Pesquisa feita
entre dezembro de 1987 e novembro de 2001)
Rio:
3.937
Israel
e Palestina: 467
Percentual
de vítimas de homicídios por armas de fogo por faixa etária em 2001:
(FONTE:
Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro)
Entre
15 e 19 anos: 19,97%
Entre
20 e 24 anos: 26,64%
Entre
25 e 29 anos: 18,61%
Entre
40 e 49 anos: 9,35%
Entre
50 e 59 anos: 3,50%
Acima
de 60 anos: 2,06%
Percentual
de jovens envolvidos no tráfico de drogas cujos pais foram mortos por
traficantes:
(FONTE:
Instituto Brasileiro de Inovações em Saúde Social – IBISS. Pesquisa
feita com 5.442 adolescentes que trabalham com o tráfico de drogas em 232
favelas do Rio)
- 1 em
cada 14 crianças ou adolescentes teve os pais mortos pelo tráfico
- 1 em
cada 8 meninos de 10 anos que vivem em bocas-de-fumo teve os pais executados
por traficantes
Percentual
de mortes violentas entre homens em 2003:
(FONTE:
IBGE 2004)
Distrito
Federal: 24,5%
Rio de
Janeiro: 17,2%
São
Paulo: 18,8%
Média
no Brasil: 15,7%
Média
na Inglaterra: 5%
OBS: O
total de mortes não-registradas no Brasil neste ano foi de 18,5%.
Percentual de jovens no total de pessoas
condenadas por crimes no Rio de Janeiro:
(FONTE:
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Pesquisa realizada entre 1º de janeiro
de2003 a 31 de junho de 2004).
Jovens
entre 18 e 24 anos: 53% dos 14.429 processos.
Número
de mortes por armas de fogo no Brasil entre 1979 e 2003:
(FONTE:
Mortes matadas por armas de fogo no Brasil: 1979 – 2003. Unesco)
Neste
período, morreram no Brasil mais 550 mil pessoas vítimas de arma de fogo.
Deste
total, 205.722 tinham entre 15 e 24 anos.
Em
1979: 2.208 jovens foram mortos com armas de fogo
Em
2003: 16.345 jovens foram mortos com armas de fogo
OBS: O
Brasil é o 3° país onde mais jovens morrem por armas de fogo, atrás de
Venezuela e Porto Rico (57 países foram analisados na pesquisa).
As
principais causas de morte na população total são as doenças do coração, as
cerebrovasculares e, em 3º lugar, as provocadas por armas de fogo. Entre os
jovens, contudo, as armas de fogo ocupam o primeiro lugar.
Taxa de
mortalidade por arma de fogo do sexo masculino, segundo faixa etária,
por 100 mil habitantes:
(FONTE:
Datasus)
71, 2
(homens de 15 a 19 anos)
103,1 (homens de 20 a 29 anos) 57,7 (homens de 30 a 39 anos) 34,6 (homens de 40 a 49 anos)
Porcentagem
de vítimas de arma de fogo no número total de adolescentes entre 15 e 19
anos:
(FONTE: Datasus)
2002:
39,1% dos adolescentes que morreram no Brasil foram vítimas de arma de fogo
Número
de armas de fogo em circulação no Brasil:
(FONTE:
Viva Rio, Small Arms Survey, 2005)
17
milhões de armas estimadas
Deste
total:
49% são legais 28% são ilegais de uso informal 23% são ilegais de uso criminal
Evolução
de homicídios no Estado de São Paulo:
(Fonte:
Mapa da Violência de São Paulo, Unesco 2005)
Homicídios
na população total:
1993:
9.219
1999:
15.810
2003:
13.903
Homicídios
entre a população jovem:
1993:
3.484
1999:
6.133
2003:
5.707
Apesar
de os jovens (entre 15 e 24 anos) representarem 19,4% dos 38,7 milhões de
moradores de São Paulo em 2003, eles estiveram relacionados a 41% dos casos
de homicídios ocorridos no ano.
Evolução
da participação das armas de fogo em homicídios na Grande São Paulo
(inclusive capital):
(Fonte:
Ministério da Saúde e Unesco)
1998:
45,0%
1999:
50,8%
2000:
62,0%
2001:
67,5%
2002:
65,0%
2003:
68,8%
Taxa de
vítimas de homicídios por regiões metropolitanas (por cem mil habitantes):
(Fonte: IPEA, 2005)
Vitória
= 78,2
Recife = 76,7 Rio de Janeiro = 62,6 Maceió = 56,9 São Paulo = 51,7 Belo Horizonte = 51,6 Brasília = 39,1
Taxa de jovens no total de pessoas sem emprego no
Brasil:
(FONTE:
PNAD/ IBGE)
2001:
47% (3,7 milhões de pessoas)
Perfil
do jovem agressor em crimes no Brasil:
(FONTE:
“Balas Perdidas” – Publicação especial da Agência de Notícias dos Diretos da
Infância com base em notícias publicadas na mídia entre o segundo semestre de
2000 e o primeiro semestre de 2001)
Sexo
masculino: 85%
Sexo
feminino: 15%
Idade:
Entre
7-11 anos: 0,4%
Entre
12-15 anos: 7,2%
Entre
16-17 anos: 19,4%
Entre
18-20 anos: 10,5%
Entre
21-25 anos: 10%
Mais de
26 anos: 13,9%
Idade
não-identificada: 38,6%
Perfil
das vítimas de crimes no Brasil:
(FONTE:
“Balas Perdidas”)
Idade:
Entre
0-6 anos: 17,1%
Entre
7-11 anos: 10,4%
Entre
12-15 anos: 12,3%
Entre
16-17 anos: 12,6%
Entre
18-20 anos: 4,4%
Entre
21-25 anos: 6,4%
Mais de
26 anos: 19,1%
Idade
não-identificada: 17,6%
Porcentagem
de crianças de 0-6 anos entre as vítimas de:
(FONTE:
“Balas Perdidas”)
Balas
Perdidas: 30%
Estupro:
25%
Rapto:
23%
Abuso
sexual: 20%
Espancamento:
18,2%
Chacina:
17,9%
Tortura:
14,3%
Porcentagem
de adolescentes entre os acusados de:
(FONTE:
“Balas Perdidas”)
Homicídios:
30%
Roubos:
10,1%
Estupros:
3,2%
Número
de vítimas da violência no Rio de Janeiro no total de mortes em 2003:(FONTE: Jornal O Globo.
Pesquisa feita com base em atestado de óbito de pessoas sepultadas nos
cemitérios da cidade em 2003).
Dos
49.647 óbitos: 3.415 foram por morte violenta, sendo 3.224 homens e 1.068
jovens entre 18 e 24 anos.
Das
2.597 pessoas assassinadas no Rio em 2003: 62,6% levaram tiros na cabeça.
Porcentagem
do número de estabelecimentos destinados à detenção de jovens envolvidos em
crimes que não atendem aos requisitos mínimos da Organização das Nações
Unidas (FONTE:
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA 2002. Pesquisa
feita em 190 instituições brasileiras)
Centros
de detenção sem condições mínimas de instalações físicas, atendimento médico,
jurídico e educacional: 71%
Unidades
que oferecem o ensino fundamental: 63%
Unidades
que tem cursos profissionalizantes: 85%
Grau de
educação e perfil dos adolescentes internados no Brasil:
(FONTE:
IPEA 2002)
Dos dez mil adolescentes pesquisados: 76% tinham entre 16 e 18 anos, 18% entre 12 e 15 anos e apenas 6% entre 19 e 20 anos. Entre eles, 89,6% não concluíram o ensino fundamental, 6% eram analfabetos e apenas 7,6% iniciaram o ensino médio. |
Lugares Mais Violentos do Brasil
Rodrigo Piva | 18 de dezembro de 2011 | Comentários (124)
O Mapa da Violência foi atualizado pelo Instituto Sangari. O
estudo traz um número assustador: 49.932 pessoas foram assassinadas no Brasil
apenas em 2010. Em 30 anos foram mais de 1 milhão de pessoas mortas, o que
representa um aumento de 259% (nessas últimas três décadas). Números de guerra.
Confira, de acordo com o relatório, quais os lugares mais violentos do Brasil.
lugares mais violentos do Brasil 2011
Número de pessoas assassinadas em 2010:
Região Norte: 5.927 mortes
Acre: 144
Amapá: 259
Amazonas: 1.067
Pará: 3.482
Rondônia: 541
Roraima: 123
Tocantins: 311
Região Nordeste: 18.073 mortes
Alagoas: 2.084
Bahia: 5.288
Ceará: 2.514
Maranhão: 1.478
Paraíba: 1.454
Pernambuco: 3.412
Piauí: 427
Rio Grande do Norte: 727
Sergipe: 689
Região Sudeste: 15.237 mortes
Espírito Santo: 1.761
Minas Gerais: 3.538
Rio de Janeiro: 4.193
São Paulo: 5.745
Região Sul: 6.454 mortes
Paraná: 3.588
Rio Grande do Sul: 2.061
Santa Catarina: 805
Região Centro-Oeste: 4.241 mortes
Distrito Federal: 880
Goiás: 1.766
Mato Grosso: 963
Mato Grosso do Sul: 632
Taxa de homicídio para cada 100 mil habitantes em 2010:
Região Norte
Acre: 19,6
Amapá: 38,7
Amazonas: 30,6
Pará: 45,9
Rondônia: 34,6
Roraima: 27,3
Tocantins: 22,5
Região Nordeste
Alagoas: 66,8
Bahia: 37,7
Ceará: 29,7
Maranhão: 22,5
Paraíba: 38,6
Pernambuco: 38,8
Piauí: 13,7
Rio Grande do Norte: 22,9
Sergipe: 33,3
Região Sudeste
Espírito Santo: 50,1
Minas Gerais: 18,1
Rio de Janeiro: 26,2
São Paulo: 13,9
Região Sul
Paraná: 34,4
Rio Grande do Sul: 19,3
Santa Catarina: 12,9
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: 34,2
Goiás: 29,4
Mato Grosso: 31,7
Mato Grosso do Sul: 25,8
Nordeste lidera abuso sexual infantil no País
Campeão dos índices sociais negativos do Brasil, o Nordeste
brasileiro também lidera as estatísticas da exploração sexual comercial de
crianças e adolescentes. Um levantamento divulgado esta semana pela organização
não-governamental (ONG) sueca Save the Children revela que nos nove Estados da
Região é possível encontrar cidades onde crianças são vistas nas ruas,
oferecendo seus corpos em troca de dinheiro, aliciadas por adultos que
coordenam redes de prostituição infantil.
Em todo o País são 930 municípios com casos de exploração
sexual comercial de crianças e adolescentes comprovados. No Nordeste, a
pesquisa aponta para a existência de 292 cidades nordestinas convivendo com o
problema. Pernambuco é o Estado campeão na estatística, com 70 municípios onde
a exploração sexual de crianças e adolescentes para fins comerciais foi
comprovada. Região de grande potencial turístico, em todas as capitais
nordestinas o problema foi constatado.
A Bahia aparece em segundo lugar, com 52 cidades; seguida do
Ceará e da Maranhão, com 41 municípios atingidos pelo problema em cada. Na
Paraíba são 27 cidades; no Rio Grande do Norte, 22; no Piauí, 20; em Alagoas,
19. Sergipe é o único Estado em que o número de municípios onde foi verificada
a exploração sexual infantil é inferior a dez: seis cidades no Estado enfrentam
o problema.
As razões para as diversas formas de exploração sexual
infantil ¿ prostituição, turismo sexual, tráfico para fins de exploração sexual
e pornografia infantil - estarem instaladas no Nordeste são basicamente
econômicas. Com quase um terço da população brasileira, o Nordeste não concentra
mais que 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Na Região estão os
piores índices educacionais, sanitários, empregatícios e de mortalidade
infantil do País. Sem acesso a saúde, educação e outros direitos básicos,
crianças e adolescentes acabam ¿empurrados¿ para a prostituição para
sobreviver.
A pesquisa alerta, no entanto, que o lado financeiro da
questão não é o único a ser levado em conta na decisão das adolescentes
encontradas em situação de exploração sexual. ¿Há casos em que os problemas
intra-familiares são também determinantes¿, admite o relatório da ONG. Vítimas
de abuso sexual por familiares, adolescentes de toda a Região geralmente ainda
não se transformaram em ¿profissionais do sexo¿ ao se depararem com aliciadores
ou traficantes internacionais de pessoas.
Uma vez aliciadas, as meninas ¿ meninos também são vítimas
da exploração sexual ¿ acabam divididas entre as que permanecem no Brasil e as
que são enviadas para outros países. Segundo a Save the Children, 42 cidades do
Nordeste são rotas de tráfico para exploração sexual exterior. Apenas Sergipe e
Piauí não aparecem na lista de Estados com municípios na rota do tráfico do
sexo. Nos demais, a rota passa pelas capitais, mas está em outras cidades de
menor porte como Ouricuri e Cabo de Santo Agostinho (PE), Alto Alegre do
Maranhão e Timon (MA) e Paracuru (CE).
Os principais destinos são a Europa ¿ Espanha, Portugal,
Holanda, Itália, Alemanha e Suíça são os principais destinos no Velho
Continente; Estados Unidos e países fronteiriços (Paraguai, Argentina, Bolívia,
Chile, Peru, Venezuela, Colômbia, Suriname e para as Guianas).
As vítimas do tráfico sexual são divididas em dois grupos
pelo levantamento da ONG sueca: em primeiro estão as mulheres ¿ entre 22 e 27
anos que sabem exatamente no que implica o embarque para o exterior e decidem
assumir os riscos do tráfico em busca de riqueza. No outro grupo estão as
adolescentes, entre 15 e 17 anos, muitas vezes de origem humilde em cidades
interioranas e ambientes rurais, que acabam iludidas com promessas de trabalho
e vida glamourosa no exterior.
A sentença para os dois casos é quase sempre a mesma: ¿o
sonho de construir uma vida tranqüila dissipa-se no cotidiano difícil imposto
às traficadas. Muitas se entregam ao uso de drogas e acabam deportadas ou morrem
sob causas suspeitas¿, diz o relatório. Para aquelas que ficam no Brasil, a
exploração sexual é sustentada pela rede do turismo. A pesquisa revela que a
prática é disseminada em pontos turísticos à luz do dia. As vítimas do turismo
sexual são mais jovens: geralmente começam com 12 anos.
Ciente do desafio a ser enfrentado ¿ apesar da pesquisa não
apresentar um número oficial de vítimas da exploração sexual ¿ o governo
Federal iniciou uma série de ações para combater o flagelo. Dados do
levantamento apontam para programas integrados de combate à pobreza,
desnutrição, capacitação profissional, prevenção ao uso de drogas em 11
ministérios, o que pode ter efeitos a longo prazo na melhoria de vida das
crianças e adolescentes. Especificamente para o Programa de Combate ao Abuso e
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, há R$ 133,92 milhões no Plano
Plurianual 2004-2007. No entanto, por enquanto o dinheiro para esta área ainda
é liberado de forma lenta pelo Executivo. Dos R$ 36,5 milhões previstos para o
ano passado, apenas R$ 15,1 milhões foram executados.
Outras ações, no campo legal, foram postas em marcha pelo
Congresso Nacional após a CPI Mista da Exploração Sexual Infantil. O Senado já
aprovou três projetos de lei que endurecem a legislação e buscam acabar com a
impunidade para os crimes contra a sexualidade infantil. Fruto da investigação
parlamentar, o primeiro projeto, além de reconhecer que homens também são
vítimas de estupro, torna imprescritível os crimes de tráfico interno ou
internacional de pessoas para fins de exploração sexual quando a vítima tiver
menos de 18 anos, além de considerar a prática como crime hediondo.
O segundo projeto torna crime a prática de fotografar e/ou
filmar crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou pornográfica. A
terceira lei já aprovada pelos senadores abre a possibilidade de fechamento
definitivo de estabelecimento comercial que insistir em hospedar crianças e
adolescentes desacompanhado dos pais ou responsáveis, sem autorização por
escrita de um juiz.
Todas estas sugestões de leis precisam agora ser aprovadas
pela Câmara dos Deputados, que enfrenta um processo de paralisia desde 31 de
março decorrente da crise interna na base aliada do Governo e do trancamento da
pauta por Medidas Provisórias com prazo de tramitação vencido. Todas devem
passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário para serem
convertidas em lei.
Além destas, há outras cerca de 300 sugestões tramitando na
Câmara sobre o tema. Algumas estão em análise da comissão especial criada após
a CPI Mista da Exploração Sexual de Crianças e podem ser analisadas direto em
plenário. Falta apenas resolver a paralisia do Congresso e desobstruir a pauta,
já que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP/PE), prometeu priorizar
as matérias relativas ao tema num encontro com 70 adolescentes em Brasília, na
semana passada.
O relatório da ONG sueca considera positivas todas as
propostas de lei em tramitação, bem como as iniciativas públicas e privadas
para combater os crimes sexuais contra crianças, mas faz um alerta a todos os
brasileiros. Segundo a Save the Children, o advento de todo este conjunto de
ações não será suficiente se a sociedade brasileira ¿ e mesmo mundial ¿ não se
preocupar em mudar também o projeto de sexualidade proposto.
¿É preciso também pensar novas formas para desconstruir o
comportamento apelativo do mercado, realizado através do marketing sexual e da
própria mídia. O grande desafio é construir um conhecimento sobre sexualidade
capaz de gerar novas concepções que transforme as relações de violência sexual
em relações capazes de satisfazer as necessidades de desejo e prazer sem que
seja pela racionalização da violência e do mercado¿.
Violência Física - Estatísticas
Postado por: Eliane - CDI-PR
Fonte: CECOVI
DADOS ESTATÍSTICOS X PONTA DO ICEBERG- De hora em hora morre
uma criança queimada, torturada ou espancada pelos próprios pais. Fonte:
Unicef- 12% das 55,6 milhões de crianças brasileiras menores de 14 anos são
vítimas anualmente de alguma forma de violência doméstica. Ou seja, por ano são
6,6 milhões de crianças agredidas, dando uma média:a)18 mil crianças
vitimizadas por dia, b)750 crianças vitimizadas por hora c)12 crianças
agredidas por minuto. Fonte: Sociedade Internacional de Prevenção ao Abuso e
Negligência na Infância.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
1. AGRESSORES MAIS COMUNS
Os agressores mais comuns são os pais biológicos, adotivos e
madrasta/padrasto. Segundo AZEVEDO e GUERRA (2000), as estatísticas
internacionais apontam que 70% das agressões são provenientes dos pais
biológicos. O cônjuge que agride mais os filhos é a mãe. Já o pai, por conta de
ter maior força física, é o que causa lesões mais graves nos filhos quando os
pune corporalmente.
2. NATUREZA REPETITIVA DO FENÔMENO
Segundo KEMPE e HELFER (1977) esse fenômeno tem natureza
repetitiva e sem uma intervenção que trate o agressor, a possibilidade de
continuidade de maus-tratos e até de morte da vítima é de 25 a 50%. AZEVEDO e
GUERRA (2000) falam que autores, em trabalhos mais recentes, estimam a
reincidência desses casos em 50 a 60% quando não são instauradas as medidas de
proteção necessárias.
3. SÍNDROME DO BODE EXPIATÓRIO
Chamamos de síndrome do bode expiatório o fato da maioria
dos agressores de violência física elegerem um determinado filho como alvo
principal para receberem seus maus-tratos, que geralmente é o primogênito.
4. EVOLUÇÃO GRADUAL DA VIOLÊNCIA
A criança que chega a óbito ou é vítima de uma lesão muito
grave decorrente de práticas de maus-tratos dentro do ambiente doméstico, quase
sem exceção, já vinha sofrendo agressões anteriores de porte mais leve, que,
entretanto, foram evoluindo para uma intensidade mais severa.
5. OS AGRESSORES DE VIOLÊNCIA FÍSICA GERALMENTE SÃO PESSOAS
“NORMAIS”
Segundo GELES, 1973 e KEMPE,1975, apenas 10% dos agressores
físicos manifestam quadros psiquiátricos graves. Ou seja, 90% dos vitimizadores
praticam violência física acreditando estarem agindo corretamente.
6. IDADE DAS VÍTIMAS
Vítimas de abuso sexual = predominância sexo feminino.Vítimas
de violência física = vítimas ambos os sexos. Segundo AZEVEDO e GUERRA, 1981, a
faixa etária dos 07 aos 13 anos é a mais atingida pela violência física, sendo
que a idade média para vítimas do sexo feminino é de 10 anos e do sexo
masculino 8 anos.
PRINCIPAIS CAUSAS DA VIOLÊNCIA FÍSICA
Fatos geradores de violência física doméstica
a) A crença dos pais de que a punição corporal dos filhos é
um método educativo e uma forma de demonstrar amor, selo e cuidado.
b)Ver a criança e o adolescente como um objeto de sua
propriedade e não como um sujeito de direitos.
c)A baixa resistência ao stress do agressor que projeta seu
cansaço e problemas pessoais nos filhos e demais dependentes. Exemplos de
problemas pessoais: desemprego, dívidas, desentendimento conjugal, etc.
d)O uso indevido de drogas e o abuso de álcool.
e) Pais que quando crianças foram vítimas de violência
doméstica e que reproduzem nos filhos o mesmo quadro vitimizador.
f) Fanatismo religioso
g) Problemas psicológicos e psiquiátricos.
CRIANÇAS PROPENSAS A SOFREREM MAUS-TRATOS
a) Crianças provenientes de gravidez não desejada.
b) Crianças que requerem atenção e cuidado especial, como
por exemplo: recém nascidas, lactantes, portadoras de doenças crônicas ou
deficientes físicas.
c) Crianças pertencentes a famílias desajustadas.
d) Crianças criadas em ambientes extremamente miseráveis.
e) Crianças que não correspondem às expectativas dos pais:
as expectativas geralmente se concentram nas áreas da beleza física (feio,
bonito, gordo, magro), do temperamento (tímido, desinibido, calmo, hiperativo)
e do sexo (masculino e feminino).
f) Crianças cujo vínculo com os pais foi interrompido,
devido a parto prematuro ou hospitalizações prolongadas.
g) Crianças provenientes de casamentos anteriores.
h) Crianças hiperativas.
i) Crianças adotadas para preencher as necessidades e
carências egoístas dos pais.
GUIA PRÁTICO DE IDENTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS
1º passo: Observação do Comportamento da Criança
@ Teme exageradamente os pais.
@ Alimenta a seu próprio respeito baixa auto-estima.
@ Falta constantemente à escola, devido ao período de
convalescença e processo de cicatrização dos maus-tratos sofridos.
@ Geralmente é uma criança nervosa e em constante estado de
alerta.
@ Possui baixo aproveitamento escolar.
@ Busca ocultar as lesões sofridas por temer represálias por
parte do agressor.
@ Pode desenvolver comportamento extremamente agressivo com
outras crianças reproduzindo a violência experimentada dentro do ambiente
doméstico.
@ Pode tornar-se extremamente tímida e desconfiada com
relação a todos que a cercam.
@ Pode vir a tornar-se depressiva, isolada e muito triste.
@ Foge constantemente ou busca ficar o maior tempo possível
longe de casa. Quase sem exceção, as crianças e adolescentes em situação de rua
possuem histórico de violência doméstica.
@ Quando submetida a exame médico, manifesta indiferença,
apatia ou tristeza.
@ Choro insistente e sem explicação de crianças de tenra
idade à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidador.2º passo: Observação
do Comportamento do Agressor
@ Não vê a criança como um sujeito de direitos, mas sim como
um objeto de sua propriedade.
@ Demonstra desinteresse pelo bem estar da criança, sendo
raro o comparecimento a reuniões escolares, acompanhamento de vacinas, etc.
@ Descreve a criança como preguiçosa, de má índole e
causadora de problemas.
@ Defende a aplicação de disciplina severa.
@ Demonstra irritação e pouca paciência com o comportamento
próprio das crianças. (Ex: Correr, falar alto, sujar a roupa, etc).
@ Possui geralmente um histórico de violência doméstica em
sua própria infância.
@ Faz uso indevido de drogas e/ou abusa de álcool.
@ Mente quando indagado sobre a causa das lesões da criança,
dificilmente reconhecendo sua culpa.
@ Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima
de sua capacidade.
@ Atribui à criança a causa de problemas existentes no lar.
@ Pode apresentar traços de imaturidade e instabilidade
emocional decorrentes da pouca idade ou por ser originário de família
disfuncional.
@ Temperamento autoritário e controlador.
@ Pode apresentar distúrbios psicológicos ou
psiquiátricos.3º passo: Observação do Comportamento da Família
@ Geralmente ocorre a cumplicidade silenciosa entre os
cônjuges.
@ Pouca cooperação, inclusive chegando a manifestar
hostilidade a abordagem de profissionais.
@ Rigidez exacerbada no que diz respeito aos valores
religiosos, morais e educacionais.
@ Registro de violência doméstica contra a mulher.
IMPORTANTE: devemos basear um diagnóstico de maus-tratos
levando em consideração um conjunto de características e não apenas fatos
isolados.
DESMISTIFICANDO A CULTURA DO BATER COMO MÉTODO PEDAGÓGICO
a) Bater em crianças e adolescentes é uma prática cultural
b) Bater em crianças e adolescentes é um ato de violência:
relação desigual de poder que se estabelece entre agressor e vítima.
c) Bater em crianças e adolescentes não os preparam para
enfrentar a vida:Segundo estudos realizados por RALPH WELSH, 1988, Georgia,
existe um elo entre condutas delinqüentes e punições físicas. As punições são
mais decisivas em termos de condutas delinqüentes do que a situação econômica
do criminoso.
d) Bater em crianças e adolescentes pode tornar-se um ato
progressivo e perigoso.
POSTURAS QUE DEVEM SER OBSERVADAS PELOS PAIS, A FIM DE SEREM
BEM SUCEDIDOS NA APLICAÇÃO DE UMA PEDAGOGIA NÃO VIOLENTA
a) Adquirir o máximo de conhecimento sobre o desenvolvimento
físico, psicológico e social de suas crianças e adolescentes.
b) Manter uma comunicação aberta e sincera com os filhos:
Posturas equivocada dos pais:
- Preferem simplesmente ordenar o que tem que ser feito e
bloquear as linhas do diálogo.
- Preferem adotar a postura do pode tudo, do liberou geral.
Postura correta dos pais:
- Param e gastam tempo para escutar o que os filhos têm a
dizer, levando em conta sinceramente suas opiniões e idéias.
c) Ser exemplo
d) Instituir regras bem definidas e justas
e) Coerência na administração da disciplina
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